quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Existe uma linha que separa o físico do sentimental?

Cada vez me apercebo mais sobre a dificuldade de se rotular uma situação, em assumir: “É a minha namorada”. Sinais dos tempos e da facilidade com que as pessoas interagem e se envolvem.
 
Até há bem pouco tempo, o estado civil e as relações passavam por: amigos, solteiros, namorados, casados, divorciados e viúvos. Nada mais e ponto final. Agora, para além desses, temos "a andar", "amigos coloridos", "curtimos uma vez", "vamos ver no que dá" ou "é complicado".

Não quero com isto dizer que seja pior, muito pelo contrário, é sinal dos tempos onde é dada liberdade e autonomia tanto a homens como a mulheres. Cada um é dono de si e faz o que bem entender da sua vida. No entanto assumo que não me revejo neste modelo pós-moderno, em dar o corpo sem dar o resto, sem haver envolvimento sentimental, pois só assim consigo conceber uma relação entre duas pessoas. O envolvimento com a outra pessoa tem de ter significado, para haver amor, tem que existir amor e/ou paixão, tão simples quanto isso.

Depois há aquela parte em que não acredito que haja relações assim tão frias, tão descartáveis em que não se criem expetativas, em que não haja um momento sequer que não exigimos nada em troca do outro.


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