terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Coisas que me chateiam #3


No seguimento do post “Dr. Relvas” ocorreu-me uma ideia para o post de hoje, até porque noutro blogue que gosto de cuscar o tema também era precisamente este: o elitismo profissional.
Infelizmente, neste país a doença da doutorice é aguda. Um curso só em si não deveria tornar ninguém mais inteligente ou mais interessante.

Achar-se mais que alguém porque se tirou um curso elitista de médico, dentista, engenheiro, arquiteto ou advogado, é algo que me tira do sério. Assim como ver médicos tratar outros médicos por Dr. só para inglês ver. Nada tenho contra estas profissões, penso até que quem as tem será por mérito. Mas nem todos podemos seguir estas profissões, erradamente consideradas elitistas. E mais importante? Nem todos queremos. Muitas vezes, ao contrário do que se pensa, não é por falta de capacidades, é por falta de vocação ou interesse.
Uma profissão não é quem somos e muito menos nos dá direito de olhar de cima para os outros.

Já vi médicos verdadeiramente arrogantes na forma como tratam o paciente, sem humanidade, sem capacidade de conseguir sequer falar com os outros e já vi mulheres-a-dias que conseguem ter uma conversa interessante e inteligente, humana. E, claro, o vice-versa. Por isso me chateia cada vez que vejo alguém tratar menos bem uma pessoa, só porque se acha melhor que ela. Na verdade, tenho verdadeiro desprezo por quem se acha melhor que os outros.
Chateia-me que estas classes elitistas gozem de um estatuto praticamente inigualável na sociedade portuguesa julgando-se os donos absolutos da verdade e sabedoria.

Uma pessoa correta nos seus valores ético-morais, é na minha opinião, mais credível que um Dr. /Dr.ª que se acha superior, e mais, que faz questão de demonstrar aos olhos dos mais desgraçadinhos que não tiveram possibilidade na vida de usufruir de uma educação idêntica, que usufruem de um status social superior somente por isso.
Vivemos numa sociedade elitista. Ninguém me diga o contrário. As médicas não casam com os desgraçadinhos. Nem os advogados com a mulher-a-dias.

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

A nossa exigência perante o amor #2


Já queria ter escrito este post na semana passada, até porque julgo que o comentário deixado pela Maria da Felicidade é digno de comentar. Comentar o que existe para comentar, que não é pouco e precisa de alguma inspiração.

A Maria da Felicidade é autora deste blogue aqui. Um blogue cativante, tanto pela pessoa que ela é, tanto pela mensagem em si, como pela mensagem de amor e dos stencils que aqui está adjacente.

Maria da Felicidade: todos “queremos ser excecionalmente felizes” o problema está na dificuldade em o conseguirmos.

Na verdade, Maria da Felicidade, as divagações que aqui escrevo, não são mais do que isso: divagações. Quem lê este blogue já se apercebeu que não tenho coerência nos temas que abordo, aliás, ao reler alguns post´s consigo adivinhar o meu astral do dia em que o escrevi. E este blogue é isso mesmo. Uma oportunidade para falar de tanta coisa que me ocorre diariamente. Acaba por ser um despejar e nada mais que isso. Não tenho pretensões que o leiam. Julgo até que deverei ter duas ou três seguidoras, e nada mais do que isso. A ideia deste blogue, como já aqui referi, foi empolgada por uma amiga insistente e a ela agradeço esse incentivo porque houve dias em que o que escrevi acabou por ser uma terapia.

A chegada às 1000 visitas acabou por ser uma agradável surpresa, assim como as “visitas” regulares que recebo de países como o Brasil, a Alemanha e a França.

Desculpem-me todos aqueles que poderão achar ofensiva algumas formas de pensar que aqui exponho. Como socióloga, não consigo desligar de mim esta forma de olhar para os fenómenos que me rodeiam, principalmente no que às relações humanas diz respeito. E como fenómenos que são, dizem respeito a uma sociedade toda e não a ninguém particular. Muito pelo contrário, acredito que haverá n casos específicos e que fogem à regra. Nem toda a gente é “farinha do mesmo saco”, nem toda a gente fica no mundo do descartável. Acredito que existam pessoas com sentimentos nobres e a quem a palavra amor é vivida e sentida de forma pura e verdadeira e não interesseira e… descartável.

Assim como o que referi acerca da oportunidade que nós devemos dar ao amor. É verdade, e respondendo ao teu comentário Maria da Felicidade, por vezes as desilusões são tantas que acabamos por nunca nos entregar de corpo e alma. Porque já sofremos demasiadas vezes. Porque acreditamos inconscientemente na outra pessoa outras tantas vezes. E porque nos desiludimos outras tantas. E não há coração que resista. Mas encontrar um amor, pode ser uma luta infinita. E que infelizmente poucos se conseguirão dar como vencedores.

Não falo por experiência própria, Maria da Felicidade. Penso até que aos olhos de muita gente terei tudo para… ser feliz. A dificuldade e a proeza está em consegui-lo com aquilo que temos. Fui precoce e sortuda no amor. Encontrei-o com 17 anos e não duvido que será para sempre. Porque ambos damos oportunidade ao amor. Dou oportunidade de continuar a acreditar e lutar por tudo aquilo em que acreditei com 17 anos e com 22 anos quando casei.

Respondi? Comentei? Penso que não. Uma vez mais… este post não foi mais que uma divagação… e um desabafo.

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Mais um episódio "Dr. Relvas"


Penso que já o assumi aqui: o Relvas (para além do Portas) é uma das personagens do nosso panorama político com o qual não vou à bola. De todo. Para além daquele ar sorridente e mafioso com que se apresenta sempre, julga-se o suprassumo do Governo (o que não será de todo falso já que o Passos Coelho acaba por ser um dos seus apóstolos). O que me surpreende mesmo, é que mesmo apesar de todo o escândalo em torno da sua licenciatura, Relvas parece cada vez mais alegre e mais…. Inconsciente. Manifestar o seu apoio público com pompa e circunstância ao candidato da Câmara Municipal de Lisboa só demonstra que está alienado da realidade. Alienado porque julga que o povo português o tem como uma pessoa credível e porque julga que o seu voto conta para alguma coisa. De facto, ignora por completo que os portugueses (mesmo os portugueses além fronteiras) não o respeitam.

Avizinha-se que Fernando Seara irá começar uma pré-pré campanha tenebrosa: com um patrocínio deste calibre não é razão para menos.





 
P.S:. tenho pena que Portugal apenas exige que se tenha uma licenciatura para que não se tenha de usar o título de "senhor", o que noutros lugares é um elogio por cá é um insulto. Dizia-me um dia um colega de trabalho, “Portugal tem a doença da doutorice”. Nada é mais verdade do que isso.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

A nossa exigência perante o amor


Penso que à medida que nos vamos tornando mais velhos, aumentam as possibilidades de encontramos a “pessoa” da nossa vida, mas também… as probabilidades de ficarmos sozinhos. O nosso crescimento traz sabedoria, mas também exigência, e acabamos por ser todos tão exigentes em relação ao amor! Eu acho que a maioria das pessoas vive triste porque no fundo idealiza e cultiva um amor sem objeto. Um amor à procura de um amante, de um amigo e de um companheiro.

Poucos serão os que se podem orgulhar de o amor “ter-lhes batido à porta”. Mas na minha opinião este cenário será demasiado fantasioso. Assim como a ideia que o amor surgirá no caminho de casa para o trabalho. O amor, não nos bate à porta, entra sim pela casa dentro. Mas deixar o amor entrar, dar oportunidades ao amor, não é permanecer agarrado aos amigos do trabalho nem às relações que vêm da escola. Infelizmente, devido às relações sociais que estabelecemos desde sempre, a probabilidade de encontrar alguém diminui.  E sim, porque a nossa exigência dos anos também nos leva a ver defeitos, que à luz das nossas relações falhadas atingem uma dimensão tal que não permitimos qualquer aproximação.

Dizia-me uma colega de trabalho em relação ao filho, 35 anos, solteiro, bem-parecido, mas que continua a saltitar de relação em relação, e de relações de fins-de-semana a relações de verão, dizendo que “não encontra mulheres sérias”. Mas será mesmo assim? Não seremos nós demasiado idealistas em relação à pessoa que queremos a nosso lado? Acredito, e desculpem-me a sensatez, que saltitar de relação em relação é a antítese para a descoberta de um grande amor. Porque a forma descartável como vivemos as relações faz com que hostilizemos um verdadeiro amor que nos possa surgir. É verdade que os contos de fadas não existem, mas saberemos nós dar oportunidade ao amor? Será a culpa sempre dos outros?

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Politiquices e mais medidas sem jeito nenhum


Preocupa-me. Preocupa-me que a questão da extinção de freguesias tenha sido hoje debatida no Parlamento. Preocupa-me o evidente despovoamento e desertificação que tal medida vai agravar, transformando as nossas localidades em lugares abandonados, causando o desaparecimento da identidade, da bandeira da freguesia, da cultura e do património de muitos anos de história.
 
Muitos dirão que as freguesias de pouco mais servem a não ser dar almoços grátis à população, levar os idosos a Fátima, arranjar uns quantos cursos de culinária e informática e afins. Mas não, as freguesias são isso e muito mais, as freguesias defendem o já pouco que têm. As freguesias prestam o único apoio que ainda resta à sua população. Se são necessários sacrifícios coletivos, porque não começar pelas grandes cidades onde o estado injeta diariamente milhões de euros só para financiar os transportes públicos? Porquê atacar sempre o mais pequeno?
 
Mais gravosa ainda é a não responsabilização deste governo, querendo após a aprovação da medida remeter para as assembleias de freguesia a definição das sedes. Serei só eu a achar isso, mas não será este “resolvam vocês” uma bomba atómica? Ou as pessoas serão muito pacíficas, ou avizinham-se grandes cenários de guerra nas Assembleias.
 
Mas sim, sou da opinião que algo deveria ser feito. Portugal nunca terá capacidade financeira para pagar todas estas estruturas públicas. No entanto, não concordo com estas medidas em cima do joelho. Em que se muda, porque sim, porque tem que se quebrar com ideologias passadas independentemente dos seus resultados e sem nunca olhar para as repercussões que tais medidas terão no futuro.



 

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Pequenos desabafos# 4

Se quiseres saber o que sinto, mesmo apesar de todo o meu silêncio, é importante que saibas que ontem, hoje e amanhã, fui, sou e serei eternamente feliz a teu lado...
 
E mesmo quando questionarmos tudo - porque iremos questionar - não conseguirei nunca questionar a importância que tens para mim: és a melhor coisa que me aconteceu. És a sorte que que me bateu à porta.

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Cartas de amor Vs Facebook


Parece que o tempo das cartas de amor ficou já num passado muito longínquo. O tempo em que se vibrava com a espera, com o difícil e a ansiedade da resposta. Atualmente, quem dita as regras de qualquer enamorado é o facebook.
 
O comentar ou não uma foto, o like que se colocou ou não. Estes simples mecanismos virtuo-sociais (é um novo conceito meu!) podem ditar o futuro de uma relação. Quantas traições não se descobriram já? Quantos pensamentos são colocados com vista a atingir determinada pessoa? Há tempos ouvia esta seguinte conversa “ coloquei uma nova foto de perfil e ele nem um like colocou, só pode ser sinal que não quer nada comigo”. E não, não eram adolescentes.
 
Depois há todo o ritual de quem adiciona quem. "Se me adicionou é porque tem interesse em mais alguma coisa". Este raciocínio é depois empolado, como não podia deixar de ser, pelo que se publica por essa altura. Segue-se o frenesim das mensagens privadas, em que de dez em dez minutos se vai ver se a pessoa já leu o que lhe foi enviado.
 
Depois há também a fatal triagem: "Epá, andei a cuscar-lhe o Facebook e adorei. Tem gostos requintados e parece ter uma vida fabulosa! Farta-se de viajar e tem um ar tão feliz!” ou do género “ Só coloca likes em fotos de mulheres. Deve ser do género que vai com todas. Esquece, nem lhe vou dar resposta". E pronto, desfaz-se qualquer tipo de amizade ou possibilidade de algo mais porque o Facebook assim o ditou.
 
Não acredito que haja alguém totalmente seguro quando o tema é o coração. Face ao amor acabamos por ser sempre imaturos e o facebook faz sobressair de nós, esta nossa face. A segurança de um ecrã faz-nos libertar todos os nossos desejos, receios e toda a fase do enamoramento vivido em décadas passadas desaparece e dita aqui a época do descartável, onde uma vez mais, o facebook contribui.
 
Onde ficam no meio disto os encontros em que tudo era uma descoberta? Onde fica a deliciosa incerteza que tanta cor dá ao percurso de duas pessoas que cruzam os olhares e têm vontade de mais? Onde ficam as cartas de amor e os demorados telefonemas em que se contava até três para desligar?


sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Mais uma semana


Mais uma semana que terminou. Mais uma semana cheia de momentos difíceis, de obstáculos, de complicações e silêncios. Mas também uma semana cheia de momentos bons. De abraços. De sorrisos. De acordar com a boneca mais linda do mundo. De noites em claro e de noite bem dormidas. Há dias, num serão de um desses dias difíceis, falámos do quanto o ano de 2012 tem sido difícil para nós. É verdade. Mas também é verdade que nos temos aos três para que tudo isso se torne mais fácil. E temos acima de tudo a M..

E isso é a maior bênção que uma pessoa pode ter.

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Falando em músicas depressivas e melancólicas

É só um exemplo (e bem antigo). Hoje a lista é extensa.

As mulheres e os dilemas

Não há mulher que não tenha o seu dilema ou a sua crise existencial. Quero mesmo acreditar que não há e que não serei a única.
 
Não só por serem os dias que fantasticamente apelidamos de TPM. Dias em que as malditas hormonas femininas nos deixam deprimidas e irritadiças sem motivo aparente ou que nos deixam com vontade de desatar a chorar por motivo nenhum.

Esperneamos, pedimos atenção, exageramos, choramos, o que for preciso para minorar aquilo ao que sucumbimos enquanto premimos o play numa qualquer música depressiva (começa a ser um padrão ouvir determinadas músicas em certos dias do mês).
 
Mas para além deste sintoma (que não pode ser o culpado de tudo) é inegável que nas alturas de dilemas e crises existenciais revivemos demasiados momentos passados que nos magoaram, entristecemos com o inatingível e sonhamos com o nosso protótipo de felicidade (se isso existirá).
 
Não vou dizer nada e fingir que está tudo bem até isto passar. Apenas quero estar sozinha. Ficar com os meus pensamentos. Reviver aquilo que me magoa. Afastar de seguida essa ideia. Pensar no jantar, nas coisas a fazer, nos assuntos a tratar, nos problemas a resolver. Não conseguir evitar de demonstrar o que sinto. Acabar por nunca falar. Pensar que não  deveria ter dito x ou y. Pensar que não deveria ter feito x. Aperceber da quão ridícula consigo ser por vezes. Sentir o coração apertado.
 
 
Todas temos os nossos dias, as nossas neuras, as nossas birras, mas no fim do dia a única coisa que precisamos e nos alenta é de ter um motivo para chegar a casa mais depressa.



 

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Já que falamos em idade, toca a falar da adolescência!

Já que falamos em idade… lembro-me que quando era adolescente (e não existiam nem telemóveis nem facebook)...
 
...ficava triste (para morrer mesmo!) quando chegava o fim-de-semana ou as férias porque significava vários dias sem ver o tal rapaz da minha escola porque quem detinha uma pseudo-paixão – o DRAMA, A TRAGÉDIA!
 
...ficava doida quando recebia algum olhar, comentário ou um simples sorriso do rapaz em questão (“Ai ele hoje sorriu para mim. Ele tocou-me no braço. Ele a seguir ao Olá perguntou se estava tudo bem. Ele nunca pergunta se está tudo bem à outra fulana e a mim perguntou. Isto significa que se importa. Melhor: significa que me ama. Vamos ter bebés tão lindos” – sim a mente facilmente caminhava a passos largos para os contos de fadas);
 
...tentava convencer as minhas amigas a irem para o café ou para a parte do pátio onde eu sabia que ele estava;
 
… tentava convencer alguma outra amiga a dar passeios (com o pormenor do braço dado) pelo liceu só para vislumbrar o dito cujo;
 
Mas isso era só quando eu era adolescente, altura em se vivem as emoções à flor da pele de forma…. Parva! No ensino secundário a parvoíce não acalmou, tomou foi outra forma, para isso muito contribuiu a emancipação do telemóvel (e dos fantásticos toques!). Mas sobre isto, falarei mais tarde.
 
Chega de parvoíces por hoje.
 
 
 

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Notamos que a idade passa por nós quando:


- vemos quase todos os nossos amigos do liceu casados e com filhos;
- vamos à discoteca e mais de 99% das pessoas presentes são mais novas;
- quando perdemos a vontade de sair à noite (o drama!);
- bebemos uns copos e acordamos no dia seguinte mais enjoados, com mais dores de cabeça e dores nas pernas do que há uns anos atrás;
-perdemos a paciência (interrogo-me se alguma vez a tive) com as adolescentes (sempre impecáveis e hiper produzidas), que bebem um golinho de cerveja e estão logo a cantar e a dançar aos saltos como se tivessem bebido todo o stock de cerveja do bar;
- sentimos dores nos ossos quando o tempo muda;
- saímos com amigos e quase todas as frases de todas as conversas começam por "lembras-te quando...?";
-encontramos uma antiga personagem do liceu (que na altura parecia ser bem mais velha que nós) e ficamos com a sensação que tem a nossa idade;
- não conseguimos dormir até mais tarde por causa da maldita dor nas costas;
- nos apercebemos que temos 30 e que os 20 anos já lá vão!
 
Porque é que rapidamente passamos da fase da adolescência, época de sonhos, ilusões, amores e paixões platónicas.... para a fase de pré-reforma com a vida?
 
 
 

Imagens em jeitos de desabafos#1




Nem mais.

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Nota de redacção

Desculpem-me todos os inúmeros leitores deste blog (sonha CD, sonha), sei que esta semana foi propícia em acontecimentos que mereciam algum bitate da minha parte..., mas a maldita varicela deu que fazer!
 
Repeat: "Ser mãe tem que se lhe diga!"

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Casamento VS amor


Qualquer casamento (mesmo que assim não seja) é para toda a vida... ao contrário do amor.

Na verdade, a grande maioria dos casamentos “para toda a vida” são aqueles que resistem na ausência de afetos. Compreendo que é bem mais fácil resignarmo-nos e acomodamo-nos do que partir à luta e muitas vezes… perder. Perder tudo aquilo que nos leva a ficar acomodados a um casamento: família, filhos, casa, contas…

Mas em bom rigor, muitos casamentos perdem a sua essência porque não cultivam o seu maior bem: o amor... e todo o amor precisa de atenção, de afetos, carinhos, gestos e ... atitudes.

Mas como gerir um coração que saltita entre compromissos profissionais, uma agenda familiar, um corpo cansado, as corridas à creche, as lides domésticas, as birras das crianças, alguém da família que atormenta dia após dia, um orçamento familiar sempre a esticar e os lemúrios familiares?

Sem nos apercebermos, facilmente colocamos o nosso trabalho em primeiro plano, os filhos em segundo e as relações amorosas no fim da linha. De facto, com tanta atribulação de compromissos, facilmente nos esquecemos de cultivar os gestos que existiam no namoro, os pequenos gestos com que se cultivam as relações... e os casamentos.

Não, não é fácil gerir uma vida... e muito menos um casamento, e pelo contrário, é tão fácil acabarmos por sermos estranhos dentro da nossa própria casa... porque simplesmente dá-se um tempo ou porque algo surge para fazer no detrimento de... conversar. E damos mais um tempo à conversa e aos afetos, e sempre que desistimos de falar... desistimos mais um pouco da pessoa a quem prometemos amor eterno.

É tão fácil esquecermo-nos de namorar....

Um casamento pode, de facto, ser para toda a vida, mas um amor descuidado nas atitudes e nos gestos... poderá não ser para sempre.


quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Coisas que me chateiam #2


Há várias coisas que me chateiam. É um facto.

Há quem diga até que não preciso de muito para me chatear. Segundo facto.

Mas se há coisas que me chateiam mesmo é esta classe política de gente vaidosa sem ideais, que apenas são capazes de pensar nos seus interesses;

Chateiam-me os casos de corrupção saírem impunes; chateia-me ver políticos a mentir, que tanto depressa dizem “a” como a seguir dizem “b”;

Chateiam-me os falsos moralistas, os falsos patriotas, chateiam-me os oportunistas manientos que acabam por decidir os destinos deste país;

Chateiam-me os episódios “Dr. Relvas”, chateia-me a passividade do Presidente da República, chateiam-me pessoas que à custa de muitos lambe botas conseguem subir na vida, de vigaristas e banqueiros sem vergonha a triunfar e da impunidade de toda esta vigarice.

Chateia-me ver gente passar fome e no desemprego.

Chateia-me ver sair deste país gente lutadora.

Chateia-me o FMI e a austeridade.

Chateia-me que gente sem culpa perca os bens que ainda lhe restam: a liberdade, a felicidade e a dignidade.

Chateia-me ver lojas a fechar e empresas a falir.

Chateia-me estar chateada com o rumo de Portugal.

Chateia-me não ter perspetivas no país que amo e saber que nada posso fazer para o mudar!

 
(Sim… passo os dias chateada!)

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Coisas que me chateiam #1 – Dias de Inverno agravadas com chuva (um mal nunca vem só)

O que me chateia nos dias de inverno com a agravante da chuva são os pés molhados, as possíveis constipações, o desconforto da roupa molhada e fria, o transporte do guarda-chuva (que acaba sempre por ficar esquecido nalgum lugar), os dias cinzentos e deprimentes, os casacos, a preguiça para sair da cama, o vestir imensa roupa e mesmo assim sentir frio, o pingo no nariz, os fins-de-semana passados em casa…
 
Mas para além de toda esta tragédia, o que me chateia mesmo em dias de chuva é... o cabelo.
 
Uma mulher passa não sei quanto tempo (nunca menos de 30 minutos) a lavar o cabelo com o champô de marca XPTO, a secá-lo e a alisá-lo com o ferro até ficar liso, lindo e brilhante, sai de casa, apanha com meia dúzia de pingos em cima e fica tudo estragado.

E por tudo isto... o inverno deixa-me sempre com um aspeto miserável.
 
 
 

Pequenos desabafos #3


Estes dias de chuva e frio fazem-me pensar no bom que seria estar em casa no meu sofá, lareira acesa, com uma mantinha das boas, a ler vários livros, a ver uma data de séries e filmes que tenho em atraso com todo o tipo de bolachas e chocolates à mão, fazer crepes com muita nutella e engordar cerca de 1 kg por dia.

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Portugal, com os portugueses de hoje, vai ter tendência a desaparecer


2012 vai ser o ano com menos bebés de que há registo. Noutros tempos a maternidade era um passo imediato e natural, independentemente da estabilidade financeira, mas as mentalidades mudaram.

A saber:

- Temos um saldo natural negativo de 5986 (o que significa que morreram mais do que aqueles que nasceram);

- Um saldo migratório também negativo de menos 24.331 indivíduos (foram mais os que saíram do que os que entraram);

- O número de nascimentos, tal como aconteceu em 2011, não chegará aos 100.000, ficará aliás muito aquém com uma previsão de 90.000;

- Portugal foi o país da União Europeia (UE) onde a taxa bruta de natalidade mais diminuiu desde 1999;

- Em 2009 Portugal era já o segundo país da UE com a menor taxa bruta de natalidade, a seguir à Alemanha, que lidera a tabela;

- Atualmente Portugal regista desde o início do ano a terceira menor taxa de natalidade dos 27 Estados da União Europeia (UE);

- O índice de fecundidade situava-se  em 1,35 em 2011 com previsão de voltar a descer em 2012 (quando seria necessário 2,1 crianças por mulher para haver renovação de gerações);

- Portugal tem a segunda taxa de fecundidade mais baixa do MUNDO, o que na prática significa que as mulheres portuguesas estão entre as que têm menos filhos;

- O primeiro filho passou a ser aos 29,9 anos;

É um facto que já não estão asseguradas as bases para a renovação de gerações e consequentemente, este fenómeno social, vem complicar a situação já de si bastante delicada de Portugal.

Este decréscimo populacional vai afetar a produtividade e o crescimento económico. A economia, por sua vez, será afectada pela falta de trabalho e menor produtividade, enquanto a nível social, o envelhecimento da população obriga a um maior investimento no apoio à terceira idade, provando assim a evidente falência do Estado Social já que a taxa de população ativa não garante a sua sustentabilidade ( um facto já atualmente demasiado evidente!).

É óbvio que se um casal consciente não sentir um ambiente de segurança e estabilidade não irá, obviamente, avançar para uma maternidade. Felizmente que nesse sentido a sociedade mudou, as pessoas estão cada vez mais conscientes e não arriscam ter filhos sem que tenham garantias de que conseguem criá-los. Mas, num contrassenso e diga-se,  infelizmente, as perspetivas de agravamento da crise (embora não haja estudos a este nível), a forte carga fiscal que destrói qualquer intenção de criação ou alargamento familiar, juntando a isso as crescentes taxas de emigração, tornarão Portugal no país subdesenvolvido da UE.

Atualmente, e por questões tributárias (somente por isso) rende ser solteiro e divorciado (sem filhos)!

O Mal Casado


Este fim-de-semana tive oportunidade de rever o filme “O mal casado” com Ben Stiller que passou no canal Hollywood. É um filme que não me canso de ver e é inevitável não soltar umas boas gargalhadas!
 
Solteiro e à beira dos 40, Eddie (Ben Stiller) começa a estar cansado de saltar de relação em relação. Depois do convite para o casamento de uma ex-namorada, sentindo-se excluído do mundo agrupado em pares (a cena em que ele vai para a mesa dos “solteiros” diga-se, crianças, é hilariante) e incentivado pelo pai (que é uma figura daquelas!) e pelo melhor amigo, amestrado pela mulher, Eddie sente-se preparado para o romance e para o casamento. Só precisa de encontrar a mulher certa.
 
Ao impedir um suposto assalto nas ruas de São Francisco, Eddie conhece Lila e ela parece-lhe ser a mulher perfeita, ao ponto de se casar sem pensar duas vezes. Mas a caminho do México e da lua-de-mel, Eddie descobre que a sua cara-metade tem afinal hábitos estranhos e um desejo insaciável por sexo selvagem e atlético. Quando chegam ao "resort", Lila passa de uma mulher doce com quem Eddie queria viver toda a vida para um monstro com um passado sórdido. Mas, no México, Eddie descobre também alguém que parece ser a sua verdadeira alma-gémea e desenrola-se aí uma série de peripécias. No fim do filme concluiu-se… que “somethings never change”! Muito bom!
 
 

O fim do mundo está próximo

É uma constatação. Não chegava ser todos os dias bombardeada com notícias do aumento do desemprego, da subida de impostos, do corte dos subsídios, e tantos outros afins quando, sem querer, vejo 5 minutos da Casa dos Segredos e me apercebo que realmente o fim do mundo está próximo.

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Um programa acertado... e bem combinado!

O que de melhor se pode fazer num Domingo? Sim!!! Passear num centro comercial com duas amigas, ver e comprar algumas indumentárias (o guarda roupas para a estação outono-inverno precisa ser renovado), comer qualquer coisa satisfatória e altamente calórica num fast-food típico, falar de tudo e de nada, rir também de tudo e de nada e por fim… voltar a comer algo altamente calórico: pastéis de Belém (temos de estar bem compostas para a viagem de regresso!). Eis o programa!
E sim (em resposta ao R. ).... sou uma rapariga muito simples e poupada.
 

Skyfall? Podia ter sido melhor? Absolutely yes!


Finalmente, ao fim de tantos dias de expetativa, fui finalmente assistir ao Skyfall e o que tenho a dizer é bom q.b. É bom porque tem Daniel Craig e ponto final. E ao contrário de todos os outros Bond, vemos neste filme um homem mais real: este Bond sangra, sofre, mostra o seu lado mais pessoal, fica com a barba por fazer e que depois de uma cena de pancadaria sangra, fica aleijado e com a camisa aberta e amarrotada (que grande chatice!). E claro, que sofre com a PDI! Sim… os seus 40 e poucos anos já lhe dão que fazer (mas nós gostamos tanto na mesma!).

Se gostei do filme? Gostei claro, mas confesso que esperava mais. Nada de grandes perseguições (tirando o dos primeiros minutos do filme), nada de grandes cenários (o filme passa-se maioritariamente em Londres) e até as Bond Girls têm um papel de pouco destaque. Uma primeira que precisava de mais apetrechos para ser Bond Girl, a segunda, porque só aparece uma dúzia de minutos.

Gosto de ver o Javier Bardem (coitadinho que aparece tão feinho no filme) que por pouco não ofuscava a interpretação do Daniel Craig.

Valeu a pena… mas ficou a sensação de faltar mais qualquer coisa. Agora é esperar por 2014!




 

P.S: Se há coisa que não gosto é que logo ao acabar do filme comecem a mandar bitates do género “que porcaria” , “ não gostei”, “que desilusão”. Opá! Ainda estou a digerir o filme e a construir a minha opinião!!

Investimento no futuro


Estou decidida! Como acontece todas as terças e sextas-feiras (um hábito religiosamente cumprido todas as semanas) vou tratar de investir no meu futuro. Fazendo um PPR? Fazendo algum fundo de investimento? Uns seguros? Alguns investimentos? Poupar 300€ todos os meses? Deixar de comprar futilidades? Não. Jogar no euromilhões. São 119.000.000€ em jogo.

Sim… cento e dezanove milhõõõõõõeeeesss de euros (está bem, concordo quando me dizem que bastava um milhão, mas opá, mesmo a pedir somos probres??!?). Discordo abertamente do ditado que diz que o dinheiro não traz felicidade. Olhem para o Cristiano Ronaldo! Tão feinho que era coitadinho e vejam naquilo que se tornou (e naquilo que os que estão à volta dele se tornaram).

Assim, duas vezes por semana, eu e os mais 3,8 milhões de portugueses debatemo-nos com a esperança (de reduzíssima probabilidade) e a ilusão de ganhar uma soma de dinheiro tal, que não conseguimos quantificar fisicamente nem tão pouco ter consciência do seu real valor.

Este é o sonho!? Sim… as coisas que gostaríamos de ter são aquelas sobre as quais nós alimentamos a ilusão de que nos trariam a felicidade.

Como me dizia ontem o R. a propósito da casa dos nossos sonhos “ Sim… tens terreno para isso, não tens é dinheiro. Temos de jogar em força no euromilhões de amanhã”. Lá está a ilusão! A ilusão que com o euromilhões poderiamos viver a vida que ambicionamos e sonhamos! Como o dinheiro poderia tornar a minha vida bem mais fácil!

Ai Brasil, Tailândia, Caraíbas e afins! Ai vida boa!

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Dia Mundial da Poupança. Terá sentido?


 
A reportagem do Diário Económico de hoje incide sobre a pergunta “ O que faria se lhe dessem 1000 euros, poupava ou gastava”, e isto a propósito do dia Mundial de poupança que se assinala hoje.

Pois bem, no meu caso… e depois de tantos sacrifícios, a minha solução passaria por gastá-lo. Tendo em conta as taxas de juros que são atualmente praticadas nos bancos não me adiantaria de nada ter lá 1000 euros parados. Sim, a minha solução seria bem rápida. Uns dias de férias seria muito provavelmente o destino do dinheiro. Esse ou um pequeno investimento na quinta que adquiri e que devido a toda esta crise deixei ao abandono.

Ainda fico admirada ao olhar para as notícias e ver que as previsões para 2013 são para o aumento das taxas de poupança. O Banco de Portugal prevê que no próximo ano a taxa de poupança suba: "Para além da manutenção de elevados níveis de poupança associada à necessidade de fazer face às amortizações de crédito, as perspetivas de redução do rendimento permanente e a incerteza quanto à evolução das condições no mercado de trabalho deverão induzir uma reavaliação das decisões de consumo, incentivando um aumento da poupança por medidos de precaução."

Mas… será que essas pessoas vivem no mesmo país que eu??

Será que estes economistas têm consciência da realidade social que estamos a viver? Dos cortes brutos de salários, do aumento brutal do IRS e do aumento generalizado dos preços de todos os bens e serviços? Sem falar no crescimento da taxa de desemprego esperado para o final de 2012!

Estamos realmente a viver uma crise ou estamos a viver a hegemonia económica dos anos 70/80? Senhores do Banco de Portugal, dêem-me por favor a fórmula mágica de poupança!

Da forma como se estão a compor as coisas nem o meu PPV -2013 (Plano de Poupança para viagens) é certo!





Pequenos desabafos #2

Hoje é um dia não. Como existem dias sim, em que nada nos incomoda e tudo parece correr às mil maravilhas, existem outros que simplesmente nada nos faz levantar o astral. Eu estou num dia não.
 
Como eu gostaria de ser uma pessoa muito zen em determinados momentos. Mas não. Mesmo contanto até 158 910 325 a tensão acalma. Qualquer dia, de tanto encher, passarei de “mau feitio” a psicopata.
 
Sim, o cabelo branco que me apareceu tem razão de ser.
 
E hoje é um dia mau por milésimas razões.
 
PS: Bendita a maquilhagem, porque se eu tivesse que sair de casa com a cara com que acordei hoje, penso que metia baixa por depressão profunda e assustava toda a pessoa por quem passasse.

Amigos e família são o melhor do mundo. Mas há pessoas que de forma majestosa conseguem ir muito além

- Anda para o meu aconchego.

(Era mesmo isto que precisava).

- Obrigada.

terça-feira, 30 de outubro de 2012

Novo Mercedes-Benz Classe A

Foi em setembro do mês passado que saíu para o mercado o novo modelo da Mercedes. Se antes achava a marca desinteressante ( dizia eu que qualquer homem de meia idade, a partir dos seus 50, que está mais ou menos bem com a vida, tem um Mercedes), ao ver este novo modelito mudei completamente de ideias.
 
A Mercedes espera conseguir mudar a imagem do Classe A e a percepção que as pessoas têm do carro (pelo menos eu já mudei). O antigo modelo era um hatchback bastante desinteressante e agora tornou-se num automóvel muito mais elegante e completamente diferente do anterior.
 
Relativamente à tecnologia não se está à espera senão do topo que se faz na indústria automóvel. A Mercedes reservou para este modelo algumas soluções das gamas mais elevadas como o sistema de proteção PRE-SAFE do cruise control ativo, do assistente de máximos, do sistema de parqueamento automático e da câmara de marcha-atrás, entre outros (coisinhas que dão sempre jeito).
 
Ao lançar este modelo para o mercado a marca pretende competir com a Volkswagen Golf que irá sair em breve, com a BMW Série 1 e com o novo modelo da Auddi A3 também já no mercado.
 
Era altura de a Mercedes entrar neste novo mercado. E conseguiu! Espero fazer um test-drive em breve! Darei o meu feed-back!
 
Alguém se ofereçe para me presentear este Natal? Vá lá! O modelito mais barato custa só 27.500€!