quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Casamento VS amor


Qualquer casamento (mesmo que assim não seja) é para toda a vida... ao contrário do amor.

Na verdade, a grande maioria dos casamentos “para toda a vida” são aqueles que resistem na ausência de afetos. Compreendo que é bem mais fácil resignarmo-nos e acomodamo-nos do que partir à luta e muitas vezes… perder. Perder tudo aquilo que nos leva a ficar acomodados a um casamento: família, filhos, casa, contas…

Mas em bom rigor, muitos casamentos perdem a sua essência porque não cultivam o seu maior bem: o amor... e todo o amor precisa de atenção, de afetos, carinhos, gestos e ... atitudes.

Mas como gerir um coração que saltita entre compromissos profissionais, uma agenda familiar, um corpo cansado, as corridas à creche, as lides domésticas, as birras das crianças, alguém da família que atormenta dia após dia, um orçamento familiar sempre a esticar e os lemúrios familiares?

Sem nos apercebermos, facilmente colocamos o nosso trabalho em primeiro plano, os filhos em segundo e as relações amorosas no fim da linha. De facto, com tanta atribulação de compromissos, facilmente nos esquecemos de cultivar os gestos que existiam no namoro, os pequenos gestos com que se cultivam as relações... e os casamentos.

Não, não é fácil gerir uma vida... e muito menos um casamento, e pelo contrário, é tão fácil acabarmos por sermos estranhos dentro da nossa própria casa... porque simplesmente dá-se um tempo ou porque algo surge para fazer no detrimento de... conversar. E damos mais um tempo à conversa e aos afetos, e sempre que desistimos de falar... desistimos mais um pouco da pessoa a quem prometemos amor eterno.

É tão fácil esquecermo-nos de namorar....

Um casamento pode, de facto, ser para toda a vida, mas um amor descuidado nas atitudes e nos gestos... poderá não ser para sempre.


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