segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Portugal, com os portugueses de hoje, vai ter tendência a desaparecer


2012 vai ser o ano com menos bebés de que há registo. Noutros tempos a maternidade era um passo imediato e natural, independentemente da estabilidade financeira, mas as mentalidades mudaram.

A saber:

- Temos um saldo natural negativo de 5986 (o que significa que morreram mais do que aqueles que nasceram);

- Um saldo migratório também negativo de menos 24.331 indivíduos (foram mais os que saíram do que os que entraram);

- O número de nascimentos, tal como aconteceu em 2011, não chegará aos 100.000, ficará aliás muito aquém com uma previsão de 90.000;

- Portugal foi o país da União Europeia (UE) onde a taxa bruta de natalidade mais diminuiu desde 1999;

- Em 2009 Portugal era já o segundo país da UE com a menor taxa bruta de natalidade, a seguir à Alemanha, que lidera a tabela;

- Atualmente Portugal regista desde o início do ano a terceira menor taxa de natalidade dos 27 Estados da União Europeia (UE);

- O índice de fecundidade situava-se  em 1,35 em 2011 com previsão de voltar a descer em 2012 (quando seria necessário 2,1 crianças por mulher para haver renovação de gerações);

- Portugal tem a segunda taxa de fecundidade mais baixa do MUNDO, o que na prática significa que as mulheres portuguesas estão entre as que têm menos filhos;

- O primeiro filho passou a ser aos 29,9 anos;

É um facto que já não estão asseguradas as bases para a renovação de gerações e consequentemente, este fenómeno social, vem complicar a situação já de si bastante delicada de Portugal.

Este decréscimo populacional vai afetar a produtividade e o crescimento económico. A economia, por sua vez, será afectada pela falta de trabalho e menor produtividade, enquanto a nível social, o envelhecimento da população obriga a um maior investimento no apoio à terceira idade, provando assim a evidente falência do Estado Social já que a taxa de população ativa não garante a sua sustentabilidade ( um facto já atualmente demasiado evidente!).

É óbvio que se um casal consciente não sentir um ambiente de segurança e estabilidade não irá, obviamente, avançar para uma maternidade. Felizmente que nesse sentido a sociedade mudou, as pessoas estão cada vez mais conscientes e não arriscam ter filhos sem que tenham garantias de que conseguem criá-los. Mas, num contrassenso e diga-se,  infelizmente, as perspetivas de agravamento da crise (embora não haja estudos a este nível), a forte carga fiscal que destrói qualquer intenção de criação ou alargamento familiar, juntando a isso as crescentes taxas de emigração, tornarão Portugal no país subdesenvolvido da UE.

Atualmente, e por questões tributárias (somente por isso) rende ser solteiro e divorciado (sem filhos)!

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