2012
vai ser o ano com menos bebés de que há registo. Noutros tempos a maternidade
era um passo imediato e natural, independentemente da estabilidade financeira,
mas as mentalidades mudaram.
A
saber:
-
Temos um saldo natural negativo de 5986 (o que significa que morreram mais do
que aqueles que nasceram);
-
Um saldo migratório também negativo de menos 24.331 indivíduos (foram mais os
que saíram do que os que entraram);
-
O número de nascimentos, tal como aconteceu em 2011, não chegará aos 100.000,
ficará aliás muito aquém com uma previsão de 90.000;
-
Portugal foi o país da União Europeia (UE) onde a taxa bruta de natalidade mais
diminuiu desde 1999;
-
Em 2009 Portugal era já o segundo país da UE com a menor taxa bruta de
natalidade, a seguir à Alemanha, que lidera a tabela;
-
Atualmente Portugal regista desde o início do ano a terceira menor taxa de
natalidade dos 27 Estados da União Europeia (UE);
- O
índice de fecundidade situava-se em 1,35
em 2011 com previsão de voltar a descer em 2012 (quando seria necessário 2,1
crianças por mulher para haver renovação de gerações);
-
Portugal tem a segunda taxa de fecundidade mais baixa do MUNDO, o que na
prática significa que as mulheres portuguesas estão entre as que têm menos
filhos;
- O
primeiro filho passou a ser aos 29,9 anos;
É
um facto que já não estão asseguradas as bases para a renovação de gerações e
consequentemente, este fenómeno social, vem complicar a situação já de si
bastante delicada de Portugal.
Este decréscimo populacional vai afetar a produtividade e o
crescimento económico. A economia, por sua vez, será afectada pela falta de
trabalho e menor produtividade, enquanto a nível social, o envelhecimento da
população obriga a um maior investimento no apoio à terceira idade, provando
assim a evidente falência do Estado Social já que a taxa de população ativa não
garante a sua sustentabilidade ( um facto já atualmente demasiado evidente!).
É óbvio
que se um casal consciente não sentir um ambiente de segurança e estabilidade
não irá, obviamente, avançar para uma maternidade. Felizmente que nesse sentido
a sociedade mudou, as pessoas estão cada vez mais conscientes e não arriscam
ter filhos sem que tenham garantias de que conseguem criá-los. Mas, num contrassenso
e diga-se, infelizmente, as perspetivas
de agravamento da crise (embora não haja estudos a este nível), a forte carga
fiscal que destrói qualquer intenção de criação ou alargamento familiar, juntando
a isso as crescentes taxas de emigração, tornarão Portugal no país
subdesenvolvido da UE.
Atualmente,
e por questões tributárias (somente por isso) rende ser solteiro e divorciado
(sem filhos)!