Não há mulher que não
tenha o seu dilema ou a sua crise existencial. Quero mesmo acreditar que não há
e que não serei a única.
Não só por serem os dias que fantasticamente
apelidamos de TPM. Dias em que as malditas hormonas femininas nos deixam deprimidas e irritadiças sem
motivo aparente ou que nos deixam com vontade de desatar a chorar por motivo nenhum.
Esperneamos, pedimos atenção, exageramos, choramos, o que for preciso para minorar aquilo ao que sucumbimos enquanto premimos o play numa qualquer música depressiva (começa a ser um padrão ouvir determinadas músicas em certos dias do mês).
Mas para além deste
sintoma (que não pode ser o culpado de tudo) é inegável que nas alturas de
dilemas e crises existenciais revivemos demasiados momentos passados que nos
magoaram, entristecemos com o inatingível e sonhamos com o nosso protótipo de
felicidade (se isso existirá).
Não vou dizer nada e fingir
que está tudo bem até isto passar. Apenas quero estar sozinha. Ficar com os
meus pensamentos. Reviver aquilo que me magoa. Afastar de seguida essa ideia.
Pensar no jantar, nas coisas a fazer, nos assuntos a tratar, nos problemas a
resolver. Não conseguir evitar de demonstrar o que sinto. Acabar por nunca falar.
Pensar que não deveria ter dito x ou y. Pensar que não deveria ter feito
x. Aperceber da quão ridícula consigo ser por vezes. Sentir o coração apertado.
Todas temos os nossos dias, as nossas neuras, as nossas birras, mas no fim do
dia a única coisa que precisamos e nos alenta é de ter um motivo para chegar a
casa mais depressa.
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