quinta-feira, 22 de novembro de 2012

As mulheres e os dilemas

Não há mulher que não tenha o seu dilema ou a sua crise existencial. Quero mesmo acreditar que não há e que não serei a única.
 
Não só por serem os dias que fantasticamente apelidamos de TPM. Dias em que as malditas hormonas femininas nos deixam deprimidas e irritadiças sem motivo aparente ou que nos deixam com vontade de desatar a chorar por motivo nenhum.

Esperneamos, pedimos atenção, exageramos, choramos, o que for preciso para minorar aquilo ao que sucumbimos enquanto premimos o play numa qualquer música depressiva (começa a ser um padrão ouvir determinadas músicas em certos dias do mês).
 
Mas para além deste sintoma (que não pode ser o culpado de tudo) é inegável que nas alturas de dilemas e crises existenciais revivemos demasiados momentos passados que nos magoaram, entristecemos com o inatingível e sonhamos com o nosso protótipo de felicidade (se isso existirá).
 
Não vou dizer nada e fingir que está tudo bem até isto passar. Apenas quero estar sozinha. Ficar com os meus pensamentos. Reviver aquilo que me magoa. Afastar de seguida essa ideia. Pensar no jantar, nas coisas a fazer, nos assuntos a tratar, nos problemas a resolver. Não conseguir evitar de demonstrar o que sinto. Acabar por nunca falar. Pensar que não  deveria ter dito x ou y. Pensar que não deveria ter feito x. Aperceber da quão ridícula consigo ser por vezes. Sentir o coração apertado.
 
 
Todas temos os nossos dias, as nossas neuras, as nossas birras, mas no fim do dia a única coisa que precisamos e nos alenta é de ter um motivo para chegar a casa mais depressa.



 

Sem comentários:

Enviar um comentário