Afinal as noites (muito) mal dormidas da M. tinham
uma razão: uma otite. Maldita otite!
Ser mãe tem que se lhe diga.
Como diz Eduardo Sá (como eu adoro os seus livros!!) “O instinto maternal é tão natural como a
sede. Está guardado em todos nós como se fosse um “agente secreto”… ao serviço
da nossa bondade. Assim ele encontre nas experiências de vida as avenidas
largas com que possa manifestar-se e crescer.”
Recordo os meus últimos dias de gravidez e a minha preocupação
acerca do instinto maternal que teimava em não surgir…. até ao momento em que
me tornei mãe.
Sim defendo que o instinto surge quando nasce o bébé.
Assim se passou comigo. De repente, tudo aquilo que ouvimos sobre o amor, é
verdade. Profunda e majestosamente verdade. A partir daquele momento tudo se
transforma e passamos a dedicar a nossa vida àquele novo ser. Se associo algum
acontecimento à minha entrada na idade adulta, sim. Tornei-me adulta quando a
M. nasceu. Faz precisamente 2 anos que sou adulta. Nada mais que um filho nos
ajuda a crescer.
Mas não, não será de todo verdade que o instinto
maternal seja um requisito e um sistema automático em todas as mulheres. No
entanto, se todos nascemos com a capacidade de amar, todos deveríamos ter a
capacidade para sermos mães. Infelizmente muitas mulheres por este mundo fora
transmite para os filhos a falta de amor que pauta as suas vidas. Não são
amadas e por isso não podem ser boas mães. Por
melhor pessoa que seja a mãe, mãe mal-amada, é pior mãe.
Por outro lado, acredito que se não fosse o
sentimento de amor de mãe, muitas mulheres passariam uma vida inteira sem
conhecer o amor: sentimento que nos faz amar outro ser de forma incondicional e
de forma intemporal. Eu amo assim.
Escreves bem pah!
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